Estas entrevistas foram realizadas em uma Escola Municipal da região metropolitana de Belo Horizonte com uma professora e três alunas da EJA.
É importante fazer uma reflexão sobre a maneira que a educação crítica e libertadora está restrita a um grupo da camada social. Para ratificar essa afirmação, que não pretendo delongar e não é foco das observações, aprecia-se as entrevistadas, todas pertencentes à camada popular, que não tiveram acesso à escola e não foram alfabetizadas no ensino regular na idade “apropriada”.
Uma escolarização ampla e de qualidade ainda está distante da realidade desses alfabetizandos, apesar de observar que a alfabetização dessas adultas não é tratada e realizada, por parte da docente, de maneira autoritária com foco na apreensão mágica da palavra doada às educandas. Pelo contrário a professora busca palavras de histórias contadas pelas discentes, a fim de inseri-las no processo da escrita. Porém não garante uma educação que atende as concepçõs de Paulo Friere, libertadora e crítica. Pois, as ações do profissional, muitas vezes, estão submetidas ao controle dos governantes que tem o interesse em formar apenas eleitores.
Portanto, não se pode afirmar que a educação que elas têm acesso realmente as permitem refletir sobre o que se aprende e esse aprendizado tem o objetivo de conscientizá-las democraticamente ou ajudá-las a formar opinião.
Entrevista com aluna M
Entrevista com a Srª M, de 59 anos, faxineira e está na EJA a menos de um ano.
Foi motivada a voltar à escola devida a insatisfação que tinha diante da postura do marido, político, que a deixava alienada de todas as reuniões e decisões tomadas em grupo. Em sua concepção não aprendeu a ler e nem a escrever por vontade própria, pois preferia namorar a estudar. Afirma que seus irmãos estudaram.
Para ela, o ensino na EJA é muito importante e alega que o ensino não se compara ao das crianças das séries regulares, pois nesse a tarefa é mais difícil e complicada de fazer.
De acordo com a entrevistada a falta de alfabetização não a impediu de trabalhar, até se aposentar, em vários lugares de faxineira, cozinheira e outros trabalhos domésticos e para personalidades importantes, como afirma com vaidade.
Entrevista com aluna JG
É importante fazer uma reflexão sobre a maneira que a educação crítica e libertadora está restrita a um grupo da camada social. Para ratificar essa afirmação, que não pretendo delongar e não é foco das observações, aprecia-se as entrevistadas, todas pertencentes à camada popular, que não tiveram acesso à escola e não foram alfabetizadas no ensino regular na idade “apropriada”.
Uma escolarização ampla e de qualidade ainda está distante da realidade desses alfabetizandos, apesar de observar que a alfabetização dessas adultas não é tratada e realizada, por parte da docente, de maneira autoritária com foco na apreensão mágica da palavra doada às educandas. Pelo contrário a professora busca palavras de histórias contadas pelas discentes, a fim de inseri-las no processo da escrita. Porém não garante uma educação que atende as concepçõs de Paulo Friere, libertadora e crítica. Pois, as ações do profissional, muitas vezes, estão submetidas ao controle dos governantes que tem o interesse em formar apenas eleitores.
Portanto, não se pode afirmar que a educação que elas têm acesso realmente as permitem refletir sobre o que se aprende e esse aprendizado tem o objetivo de conscientizá-las democraticamente ou ajudá-las a formar opinião.
Entrevista com aluna M
Entrevista com a Srª M, de 59 anos, faxineira e está na EJA a menos de um ano.
Foi motivada a voltar à escola devida a insatisfação que tinha diante da postura do marido, político, que a deixava alienada de todas as reuniões e decisões tomadas em grupo. Em sua concepção não aprendeu a ler e nem a escrever por vontade própria, pois preferia namorar a estudar. Afirma que seus irmãos estudaram.
Para ela, o ensino na EJA é muito importante e alega que o ensino não se compara ao das crianças das séries regulares, pois nesse a tarefa é mais difícil e complicada de fazer.
De acordo com a entrevistada a falta de alfabetização não a impediu de trabalhar, até se aposentar, em vários lugares de faxineira, cozinheira e outros trabalhos domésticos e para personalidades importantes, como afirma com vaidade.
Entrevista com aluna JG
Entrevista com a Srª JG, de 67 anos, trabalhou em vários serviços domésticos e também em trabalhos de roça. Ela voltou a estudar porque atualmente dedica mais tempo à igreja e tem o desejo de ler a bíblia, compreender o que está escrito e estender essa leitura aos companheiros da igreja. Não chegou a freqüentar a escola na infância por dificuldades financeiras e precisou trabalhar, a fim de contribuir em casa para o sustento da família.
A Srª JG acha muito importante o que está aprendendo e fala que é uma pessoa que sabe tratar as pessoas com respeito e educação independente de ter freqüentado o ensino regular. Isto ela aprendeu com seus pais.
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