1- A professora: H
Com formação em Magistério, está aproximadamente 10 anos na EJA.
A professora desconhece qualquer autor em que possa lançar mão de suas idéias para auxiliar seu trabalho. Ao ser questionada a respeito de Paulo Freire relatou que ele não apresenta “idéias” para a EJA (relato antes da gravação).
Mas, no decorrer da entrevista percebe-se que a forma pela qual conduz seu trabalho, em muito tem a ver com Freire. Segundo seu relato, ela costuma trabalhar com palavras utilizadas pelas alunas; inclusive das palavras de uma determinada aluna que é a “contadora de história” da sala. Entende que suas “meninas” não tiveram oportunidades em tempo ideal e que agora são parceiras nessa caminhada. Disse que há uma troca de aprendizado, “todos os dias eu chego em casa e fico pensando no quanto eu aprendo com as minhas meninas!”
Ao contrário da educação bancária, sua sala de aula apresenta um clima harmônico, com bastante diálogo e dinâmica.
Ela acompanha o ritmo das senhoras que têm idades a partir de 60 anos. Algumas estão aprendendo a escrever o próprio nome, ainda.
(Publicado por Márcia Pascoal e Maria Aparecida Moura – Graduandas de Pedagogia UFMG)
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